Por que tantos engenheiros começam a projetar transformadores do jeito errado?

Em livros técnicos ou mesmo em cursos cujo objetivo seja o de entender o funcionamento teórico de um transformador elétrico, é comum vermos uma seqüência de cálculo elétrico que nem sempre é a encontrada na indústria.

Para quem está iniciando no mercado, vindo da faculdade e pronto para colocar a “mão na massa”, isso pode parecer um tanto estranho, e até mesmo desmotivador, porque contraria muitas vezes a ordem pela qual aprendeu a projetar.

O sujeito então se pergunta se a empresa na qual trabalha está fazendo a coisa certa, ou se os cálculos que ela utiliza são de fato confiáveis.

O que sabemos com toda certeza é que existem diversas maneiras de se projetar um transformador, então o mais importante é saber qual delas é a correta.

Em verdade, todas estarão corretas se o resultado obedecer aos critérios técnicos e normas estabelecidas. Mas o que muda de uma forma para outra é que algumas delas serão mais rápidas e podem evidenciar questões de importância capital no resultado final.

Quando o sujeito aprende a calcular um transformador, seu o objetivo inicial não é o de criar um equipamento de baixo custo, eficiente e de fabricação rápida, mas apenas aprender as teorias e os fenômenos que ocorrem no equipamento a fim de entender como ele funciona.

Por isso é comum encontrarmos os questionamentos acima quando aquele estudante cheio de energia chega para seu primeiro dia de trabalho na área em que se formou. Ou mesmo em empresas que se sentem seguras com os produtos que já obtiveram, e cujos projetos são calculados da mesma maneira por anos a fio.

Acontece que a indústria busca diariamente novas tecnologias, técnicas e aperfeiçoamento com o objetivo de trazer redução de custo, agilidade no processo fabril e por fim atingir uma maior lucratividade para a empresa.

Em toda a nossa vivência no mercado de transformadores nos deparamos com diversos dilemas desse tipo, que nos levaram a criar essa série de artigos, evidenciando os principais pontos sobre a forma como projetamos o nosso sistema de cálculo:

A seqüência de cálculo que utilizamos pode despertar estranhamento – e até certo desdém, acredite! – por parte de alguns fabricantes. Mas pretendemos esclarecer tudo isso numa série de 5 artigos que publicaremos a partir da semana que vem, seguindo as perguntas abaixo que mais nos enviam:

  1. Por que o núcleo é geralmente projetado em primeiro lugar?
  2. Por que se definem as dimensões de cabeceira da bobina antes do condutor?
  3. Por que devo escolher o condutor e não a densidade?
  4. Qual enrolamento calcular primeiro, o secundário ou o primário? Por que?
  5. Por que no cálculo existe uma etapa final de resultados, se cada etapa como núcleo e enrolamentos têm também a sua própria etapa?

Por hoje é só, fique atento para acompanhar a resposta a cada uma dessas questões!

Até mais!

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