Devido às inúmeras dúvidas que surgem a respeito da indução, criamos este post para abordar uma outra questão relacionada à indução empregada no projeto elétrico. Recentemente abordamos este tema (indução) num post aqui no blog, falando sobre qual indução deve ser adotada em nosso projeto de acordo com o tipo de chapa. Mas a abordagem de hoje é em relação índices de indução muito baixos ou muito altos e seus efeitos no projeto.

Antes de começar a explicar cada item, devemos ter em mente que as alterações do projeto, ao mesmo tempo que trazem vantagens,  geram outras desvantagens que devemos estar atentos pois as implicações são, muitas vezes, extremas.

Isso não significa que o projeto não deve ser alterado, significa apenas que o engenheiro deve estar atento as alterações e testa-las ao máximo até satisfazer as necessidades que o projeto exige.

 

Índices de Indução Baixos

 

Vantagens:

1. Reduz o ruído do núcleo;
2. Reduz as perdas em vazio;
3. Reduz a temperatura do núcleo;

Desvantagens:

1. Aumento da quantidade de material no núcleo;
2. Aumento da quantidade de material das bobinas;

 

Dessa forma diminuir a indução pode diretamente resolver algum problema de perdas, temperatura ou mesmo ruído em nosso projeto, contudo, em contrapartida, tem um impacto financeiro em nosso projeto que pode resultar em um projeto muito caro.

 

Índices de Indução Altos

 

Vantagens:

1. Diminuem a quantidade de material necessário no núcleo;
2. Diminuem a quantidade de material necessário nas bobinas;

Desvantagens:

1. Aumenta o ruído do núcleo;
2. Aumenta as perdas em vazio;
3. Aumenta a temperatura do núcleo;

 

Com isso em mente, aumentar a indução pode resolver de imediato a questão de custo do nosso projeto (reduzindo), e ainda assim atingir os índices esperados para um projeto lucrativo, em contrapartida, tem um impacto direto nos resultados elétricos do projeto, tornando-se um projeto que não atende as normas de fabricação ou especificações técnicas do cliente.

 

Conclusão

O engenheiro é na verdade uma peça chave em todo este processo, fazendo uma analogia, seria como um maestro que tem que estar atento a cada detalhe e manter a harmonia de toda a orquestra.

Num projeto elétrico temos essa situação muito similar, o projetista tem que estar atento a cada detalhe, seja ele de ordem financeira ou de ordem elétrica, mantendo a harmonia entre todas essas variáveis e encontrando o balanço ideal entre os resultados elétricos que se espera assim como um custo competitivo para o projeto.

Autor:

• William Theobald Prange
• Diretor Operacional da ILTECH com 10 anos de experiência em desenvolvimento de soluções voltadas para a área de Engenharia