Na indústria, existem diversas técnicas fabris que foram criadas para atender a diversos fatores produtivos, como por exemplo, gerar economia ou mesmo utilizar o maquinário disponível na empresa.
Pois bem, antes de sabermos qual enrolamento criar primeiro, devemos isolar os tipos de equipamentos, agrupados basicamente em 3 categorias:
1) Baixa tensão;
2) Distribuição;
3) Especiais;
Nesse artigo daremos ênfase ao grupo de baixa tensão .Isso se deve ao fato de que a troca da posição dos enrolamentos é muito comum nesse grupo, já que os trafos de distribuição e especiais acabam sendo construídos automaticamente na ordem correta em função das exigências das normas técnicas.
Trafos especiais, diga-se de passagem, obedecem a critérios ainda mais rigorosos.
O fato de falarmos nesse artigo sobre os de baixa, não impede que a técnica seja utilizada em trafos de outras categorias. Apenas os usaremos como exemplo para esclarecer os questionamentos que nos chegam sobre os enrolamentos.
Uma das primeiras telas do nosso sistema, temos a definição da sequência de montagem dos nossos enrolamentos, que pode ser de 3 tipos:
1) Primário sobre Secundário:
Neste caso, temos o enrolamento primário como sendo o enrolamento mais externo ou seja o último a ser montado.
2) Secundário sobre o Primário:
Neste caso, temos o enrolamento secundário como sendo o mais externo, ou seja, o último a ser montado.
3) Primário ao lado do Secundário:
Neste caso, não temos sobreposição dos enrolamentos, ou seja eles são enrolados lado a lado dividindo o espaço disponível entre os dois enrolamentos.
A grande questão envolvendo qual técnica utilizar, está justamente relacionada a um estudo de caso do equipamento que queremos projetar, ou seja, se vamos fabricar um equipamento que vai alimentar uma carga que exige grandes correntes, certamente o nosso secundário deve ser muito mais robusto.
E para tomar a decisão sobre a técnica, devemos levar em conta alguns fatores.
1) Dimensão do condutor;
2) Economia;
3) Temperatura;
Existe uma relação direta entre estes três fatores para podermos definir a ordem dos enrolamentos, onde cada um dos fatores influenciará em nossa decisão.
Seguindo o exemplo, se tivermos um equipamento com o secundário contendo um condutor muito grosso as preocupações que temos em cada uma das etapas serão
1) Dimensão do condutor:
Pode ficar inviável enrolar primeiro um condutor muito grosso onde as dimensões do espaço forem pequenas;
2) Economia:
Ao enrolar primeiro a bobina que tiver o condutor mais grosso, passamos a gerar economia, já que se este fosse o enrolamento mais externo gastaríamos muito mais material;
3) Temperatura:
Se o equipamento estiver lidando com correntes excessivamente altas no secundário, geralmente será necessário enrolar o secundário por último. Isso ajudará a melhorar a superfície de dissipação, e controlando também a temperatura final.
Como você pode ver, avaliar a relação entre esses fatores pode não ser fácil num primeiro momento. No entanto, o sistema lhe permite testar diferentes técnicas, mostrando todos os indicadores indispensáveis a cada etapa. Assim você pode VER as técnicas que lhe são mais convenientes.